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16 de abr. de 2012

Aviônicos - 11 [Emirados Árabes]


Este é o tráfego aéreo cotidiano da região norte dos  Emirados Árabes Unidos. Além de ser um ponto estratégico para vôos entre ocidente e oriente/oceania, é uma das regiões que concentra o maior volume de aeronaves por espaço aéreo, superando a maioria dos países da Europa e muitas regiões dos Estados Unidos. Ao se comparar com a densidade demográfica, é muito fácil afirmar que seja a região com a maior concentração de aeronaves percapita do mundo.

 
Mas, além de uma amostragem quantitativa do seu espaço aéreo, outro fator destaca os céus dos emirados: as aeronaves que sobrevoam seu território são avis rara em muitos outros aeroportos ao redor do mundo, sendo mesmo inéditas em muitos países, como por aqui no Brasil.


Enquanto festejamos a recente vinda do Airbus A380 em demonstração, em Cumbica e Galeão (veja matéria do Lito), vários deles circundam Dubai chateadamente, aguardando autorização para pouso.

Ao contrário do uso de aviões jumbos em densos centros urbanos, como ocorre no Japão, principalmente entre Tokio e Sapporo, esses mesmos monstros servem pequenos trajetos, porém, ao invés de levarem centenas de pessoas, carregam poucas, com muito conforto. É uma situação bastante atípica, mesmo se comparada a outros países do oriente médio.



Mesmo os vôos domésticos mais banais são operados por aviões que no resto mundo realizam vôos transcontinentais. A Air France utiliza o mesmo modelo de avião para voar entre Dubai e Paris, no caso um 777-300, que a Emirates utiliza para fazer uma ponte aérea de 200 milhas para Doha, no Quatar. A classe econômica da Emirates, por exemplo, oferece o mesmo conforto da primeira classe que a American ou que a TAM oferece nos vôos entre EUA e Brasil, por exemplo.

27 de mar. de 2012

Aviônicos - 10 [brincando de controlador de vôo]


Não sei convercer ninguém da utilidade desse site, mas não conheço quem não fique embasbacado por pelo menos 5 minutos com a precisão de informações e multiplicidade de dados que são apresentados ao mesmo tempo e de maneiras diferentes.

Três aviões se cruzam no mesmo ponto, com claros 8000 pés de distância vertical um do outro. É possível acompanhar a velocidade de aproximação e a de cruzeiro e distinguir se a informação sobre o itinerário está correta. Nem sempre está.

Não deixa de ser uma brincadeira de controlador de vôo: quem pousa primeiro, o de Congonhas ou de Cumbica? Quanto tempo o avião precisa rodar sem destino até encontrar uma janela de pouso? O cargueiro sempre sofre mais para achar essa janela? Os vôos transatlânticos que saem do Chile e Argentina passam bem aqui em cima da minha cabeça!

Para alguns voyeurs pode virar uma atividade viciante, para outro, talvez, possa ser interessante para verificar se o avião que leva a sogra ou o cunhado decolou de verdade e acompanhar se pousará no longínquo destino com exatidão (sem garantia de volta).


Obs: este não é o único site de monitoria de aeronaves. Outros regionais monitoram as frequências de rádio das torres e mostram com maior exatidão a posição ou informam também as previsões de partidas e chegadas dos principais aeroportos:
(Rio, Guararapes e Belo Horizonte)
(Congonhas e Cumbica - tela de controle de vôo com rádio)

15 de fev. de 2012

Aviônicos - 9 [o menor aeroporto do Brasil]

Aeroporto Mini Mundo (IATA: MNM) - Gramado-RS (escala 100:1)

1 Pista com 30m comporta pousos e decolagens de aeromodelos à rádio controle.
1 Terminal para 300.000 passageiros por ano, com três posições de des/embarque - fingers - e 30 balcoes de check-in.
Da área de 100 m2, cerca de 5m2 são urbanizados.
Aproximação norte, com elevações a sul e leste. Pedestres gigantes a oeste.
Principal hub para o Minimundo.

3 de jan. de 2012

Aviônicos - 8

Dash 80 e B777

50 anos separam os dois. Pode parecer que pouco se evoluiu, mas é necessário se lembrar que nem toda evolução é progresso. Portanto, nem toda evolução é aparente, pode ser evidenciada.


O Dash 80 do vídeo foi o protótipo do B707, aeronave criada na década de 1950 para convencer as companhias aéreas que o avião a jato era seguro e rentável suficiente para substituir os turbohélices e aviões à pistão.

Pensado a princípio para ser um avião de uso militar, de carga e reabastecimento, o KC135 foi convertido para o Dash 80.

Sua autonomia é de 5700 milhas náuticas (pouco mais de 10000 km), a 815km/h, levando mais de 200 passageiros. Como podem ver no vídeo, em comparação com o B777, ele é mais estreito e curto, além de muito mais barulhento e ineficiente (um B777 tem autonomia de mais de 13000km a 950km/h). Porém não existiria um 777 se não houvesse um 707.

Seu uso hoje não é permitido na maioria dos centros urbanos por causa do seu barulho, apesar de ainda ser bravamente imprescindível em aeroportos da América do Sul e África, principalmente como cargueiros.

Alguns B707 brasileiros protagonizaram grandes acidentes. O mais memorável e misterioso foi o do cargueiro prefixo PP-VLU, que sumiu na costa japonesa em 1979 após decolar, sem deixar qualquer vestígio, vitimando sua tripulação. Saiba mais no blog do Sergio Chimelli

Outro, tão trágico, foi de outro cargueiro (707-349C) prefixo PT-TCS, da Transbrasil, que caiu na aproximação oeste de Guarulhos em março de 1989, matando 21 pessoas (tripulação mais moradores da favela onde caiu).

Este B707 PT-TCS havia sido operado por mais de 20 operadoras diferentes ao redor do mundo durante seus 23 anos de vida (da El Al, de Israel a Lybian Arab, do Líbano), além de ter sido utilizado para as filmagens externas de "Airport", famoso triller de suspense dirigido por George Seaton e estrelado por Burt Lancaster, Dean Martin, Jean Seberg, Jacqueline Bisset e George Kennedy em 1970.


Incidente insólito mesmo foi com o B707 prefixo PT-TCP, também da Transbrasil. Pouco antes da aproximação a Guararapes-PE, um dos quatro reatores apagou, forçando a tripulação a pousar com apenas os outros três. Porém, ao procurarem a causa do desligamento do motor não acharam. Justamente porque o motor não estava mais lá, havia caído numa fazenda do município de Moreno-PE, 25km de distância do Aeroporto.

A excentricidade do fato se agrava pela forma que o próprio avião se trasladou somente com os motores restantes entre Guararapes e Brasília, onde encontraria condições de ser reparado. Como Guararapes é um aeroporto internacional e tem uma pista de 3300m, a decolagem deve ter ocorrido com tensão moderada por parte da tripulação. Se fosse em qualquer outro aeroporto no NE a mesma seria muito mais arriscada.

Leia mais sobre esse incidente no excelente blog do Lito


Ainda houve outro triste acidente envolvendo um B707 brasileiro (Varig, PP-VJK) na Costa do Marfim, mas esse eu deixo para o Lito contar com riqueza de detalhes: http://www.avioesemusicas.com/aviacao/pp-vjk/

20 de out. de 2011

Aviônicos - 7

A FAB está aposentando os C-115 Búfalo, ou De Havilland DHC-4, ou, ainda, Caribou, para os gringos.

Um deles estava melancólico no pátio do PAMA, no Campo de Marte, no ultimo domingo aéreo (16/10/2011); exposto para visitação.

Toda a frota de Búfalo vai ser trocada por unidades do atual Casa C105 Amazonas, ou Airbus Military C-295, para os gringos.

Restou apenas a desconfiança se o novato vai dar conta do recado com a mesma desenvoltura do velho Búfalo.

Não há limites para os parrudos trens de aterrissagem.
Este é o principal motivo de preocupação na sucessão para o Amazonas.
Este chileno ainda está equipado com os motores "originais".

Protótipos mostrando o potencial ainda em projeto.
A facilidade de decolagem é impressionante, mesmo passados 70 anos.

Aproximação de bombardeiro

Vai ser difícil pensar em paraquedismo e não pensar mais no Búfalo

Que tenha uma aposentadoria digna.

5 de out. de 2011

Aviônicos - 7 [aerovias]

Os cruzamentos aéreos são intersecções entre aerovias, pré-estabelecidos e monitorados quanto a posição, velocidade e altitude.

Dez exemplos de encontros e desencontros nas aerovias:


#10: B737-500 da BRA cruza um A320 da TAM, intrigando o passageiro:



#9: visão do piloto. O ovni parece ser um B737-700:



#8: dependendo do ângulo e da velocidade, pode parecer competição
(somente numa aerovia um Gol consegue ultrapassar):



#7: as janelas da cabine ajudam a achatar as imagens que se distanciam quilômetros:



#6: é o melhor ângulo para os spotters (747-400F da CargoLux a 1000 pés):



#5: eventualmente, as cenas podem ser enigmáticas (MD 11 da EvaAir):


#4: alguns aviões raros, como esse A380 da Emirates, tornam-se mais raros ainda quando encontrados nas esquinas das aerovias:



#3: três B747 dividindo a mesma via aérea sobre a Sibéria:





#2: B747 da United - passagem a 1000 pés, cerca de 300 metros:


#1: as imagens de performance somente são possíveis sob monitoramento das aerovias:

4 de out. de 2011

Aviônicos - 6 [dez rasantes de aviões comerciais/carga]

 10 rasantes:

#10: A310-300 da TAP (pouco) sobre alguma praia, em Evora:


#9: B737-3K9 da Varig (pouco) sobre Curitiba:



#8: Concorde sobre Paris:



#7: B747-300 da Aerosur sobre algum lugar da Espanha:



#6: MD DC10 da Varig sobre Jacarepagua-RJ:



#5: B737-300 da Varig (rápido) sobre Curitiba:

#4: B727-100 da VarigLog (flanando) sobre Floripa:


#3: E175 da Trip em SJC-SP:


#2: B707 (KC135) da Força Aérea Fancesa sobre algum lugar do Chade:


#1: B737-200 da Vasp (PP-SMB) sobre a pista de terra do Aeroclube do RGS:

Por que este é o número 1?
Porque o SMB foi o segundo 737 a pousar na América Latina (o primeiro foi o SMA, também da Vasp);
porque o SMB foi o Boeing que voou por mais tempo para uma só linha aérea em todo o mundo;
porque o SMB está sendo heroica e tristemente sucateado em Manaus desde o fim da Vasp (parou funcionando);
porque o B737 (ainda mais o 200 series) é o mais ágil acrobata para mais de 3 passageiros etc.

Quem não me deixa mentir sozinho:

3 de out. de 2011

Aviônicos - 5

Em tempos de extinção de linhas aéreas, a British Airways conta o segredo da longevidade (To fly. To serve):



Por intermédio da Cmra. Daniele

2 de out. de 2011

Aviônicos - 4

A MALDIÇÃO DO ?K? Na aviação brasileira, a grande maioria dos entusiastas já ouviu falar da maldição do ?K?: dos sete maiores acidentes aéreos no Brasil das últimas décadas, cinco foram com aviões cuja matrícula terminava com esta letra! Foram eles:


Airbus A320 PR-MBK, varou a pista após pousar em Congonhas e explodiu ao se chocar com o prédio da TAM Express, 17/07/2007 (199 mortos).


Boeing 727 PP-SRK, bateu em um morro pouco antes de pousar em Fortaleza, 08/06/1982 (137 mortos).


Fokker 100 PT-MRK, caiu após decolar de São Paulo/Congonhas, 31/10/1996 (99 mortos, sendo 4 em terra).


Boeing 707 PP-VJK, caiu ao tentar pousar em Abidjan, Costa do Marfim, 03/01/1987 (50 mortos).


Boeing 737 PP-VMK, caiu por "pane seca" (sem combustível) em S.José do Xingu, 03/09/1987 (13 mortos).

Acrescenta-se à lista a explosão do Fokker 100 PT-WHK, que em 09/07/1997 sua fuselagem fôra rasgada em pleno vôo, ejetando um passageiro enaquanto sobrevoava a cidade de Suzano. Segundo consta, o passageiro teria explodido uma bomba dentro do avião.


conselho: CONFIRA A MATRÍCULA DA AERONAVE EM SEU PRÓXIMO VÔO! (grifo meu)

Fonte: Solange Galante, na Revista Flap
Fotos: Airliners e Jorgetadeu

30 de set. de 2011

Aviônicos - 3

Esse tiozão, todo pimpão, é o Seo Danilovitch, instrutor de vôo aposentado da Antonov, Tupolev ou Yakoklev, inventor russo que resolveu assistir todos os episódios do McGyver dublado. Depois de encher o sacco de sessão da tarde, decidiu então vender seu Tavria 95.
 
Como não conseguiu mais do que meia caixa de Stolishnaya no robusto automóvel. Percebeu então que agregaria valor o transformando em um avião. Genial!
O carro, equipado com asas "tandem chetyrehkonsolny" (segredo KGB) acelera a 90 km/h, ascendendo 3 metros de altura e planando por uma distância de 200-300 metros (Meda!).
O joystick localizado na frente do console é destinado a aprender os conceitos básicos de vôo: a decolagem e a aterrissagem, pois não há flaps ou lemes movéis, além da própria asa (para sorte dos que ficam embaixo).

Fonte: www.steer.ru

13 de set. de 2011

Aviônicos - 3

Depois reclamam que tem gente que vê cunho sexual em tudo.
Dr. Zigmund tinha (tem) razão...

A propósito, essa é parte da asa (peça protagonista) do Airbus A350, novo filhote de birreatores widebody (2 corredores - até 20 pés - até 10 passageiros lado a lado - que inferno!), que se iniciou com o A300 e que possivelmente substituirá versões do A330, como os da TAM.
Que saudades do conforto e privacidade dos 727 da Cruzeiro (nos tempos da Panair)...

16 de jun. de 2011

Aviônicos - 2


Imagina uma pista curta, área de aproximação superpovoada e topograficamente irregular (de um lado montanha, do outro o mar - não é o Santos Dumont), ventos cruzados frequentes, um terminal para centenas de milhões de pessoas por ano e a predominância de aviôes para mais de  400 passageiros.

Esse era Kai Tak:

aproximação de um B747-200 da JAL na L13 de Kai Tak em dia de brisa de cauda (1998)
Um B747-300 da Cathai Pacific em aproximação para pista 13 (13!) entre as ruas Ling Xang e Su Ti En.


Kai Tak foi fechado em 1998. Mas ainda existem outros lugares interessantes para pousar:

- Ilhéus-BA (pista curta, de um lado o mar, do outro uma lagoa);

- St. Marteen (a cabeceira da pista é a própria praia das Antilhas);

- Gibraltar (existe uma avenida que cruza a pista principal com semáforo que se fecha quando há pouso/decolagem. Ah, do lado da pista tem uma rocha enorme, de uns 60m de altura);

- Funchal (como não podiam ampliar a pista para o lado de uma montanha gigantesca, o fizeram sobre pilotis sobre o mar. Sabe aquele gramado entre as pistas em que o avião pode desviar, lá é um precipício de 10m de altura);

- Courcheve-França (a pista tem 19 graus de inclinação, o que torna difícil saber onde ela termina) e

- Entebbe-Uganda (nenhuma característica geográfica em especial, mas tem um cemitério de aeronaves no entorno das pistas, entre eles o Airbus A300 da Air France, que foi sequestrado e se tornou um troféu para Israel no episódio chamado "Operação Entebbe"

Aviônicos - 1

Um Airbus A320 da Vueling fazia Málaga – Amsterdã quando foi interceptado por um Mirage 2000 no espaço aéreo francês.
O Avião perdeu contato com a torre de Paris e foi enviado um caça precavendo um “ataque terrorista”.
A “proeza” foi gravada por um passageiro e pelo piloto do Mirage.
Fonte: Blog da Comissária Daniele Carreiro

Mas isso não é tão incomum:
DA40 interceptado por outro Mirage, desta vez da força aérea espanhola, mais discreta...